A votação da proposta de revisão do IPTU, que estava prevista para ocorrer nesta segunda-feira no plenário da Câmara de Porto Alegre, foi adiada para quarta-feira, às 14h. O governo municipal enfrenta dificuldades para garantir apoio suficiente, especialmente após sinais de resistência dentro da própria base aliada.
Partidos como PP e Novo já demonstravam desconforto com o projeto, mas o maior impacto veio do PL, sigla da vice-prefeita Betina Worm, que anunciou voto contrário. A posição do partido da vice enfraquece a articulação do Executivo, que perde força para cobrar alinhamento dos demais aliados.
Na oposição, há possibilidade de negociação — setores do PT, por exemplo, admitem apoiar o texto caso haja abertura para discutir emendas. A prefeitura argumenta que a revisão do IPTU é necessária para promover justiça tributária e alerta que, sem aprovação ainda em 2025, diversos benefícios fiscais atualmente vigentes, como os do 4º Distrito e do Centro Histórico, deixarão de valer devido ao princípio da anualidade.
Mesmo sem definição sobre o resultado da votação, a postura pública de lideranças do PL e de outros partidos da base contrários ao projeto deve gerar repercussões internas. Segundo fontes do governo, consequências políticas não estão descartadas e o tema será debatido na prefeitura nos próximos dias.
