RS Notícias: Sky defende fim das restrições para produção de conteúdo por operadoras de TV paga

 

 

A Sky considera que a liberação para que operadoras de TV por assinatura possam produzir conteúdo audiovisual seria positiva para o setor no Brasil e alinharia o país às práticas comuns em outros mercados. O tema chegou a ser discutido durante a tramitação do PL do streaming, mas acabou não sendo incluído no texto final do PL 8.889 aprovado pela Câmara dos Deputados.

📌 Debate sobre propriedade cruzada O presidente da Sky, Gustavo Fonseca, questionou a exclusão das operadoras do incentivo à produção nacional:

“Se o projeto mira incentivar a produção de conteúdo nacional, então por que faria sentido deixar de fora as maiores distribuidoras de conteúdo do Brasil?”, afirmou em encontro com a imprensa em São Paulo.

Fonseca classificou como “anacrônicas” as restrições da Lei do SeAC, que impedem operadoras de TV paga de produzir conteúdo próprio, adquirir direitos de eventos esportivos ou contratar talentos e obras nacionais.

🌎 Comparação internacional Nos países vizinhos, a controladora da Sky, Vrio, já atua de forma integrada. Na Argentina, por meio da DirecTV/DGo, o grupo detém direitos da Copa do Mundo de 2026 e é proprietário da produtora Torneos y Competencias. Além disso, o canal DNews é transmitido em diversos mercados latino-americanos e começa a ser licenciado.

📺 Preferência por conteúdo nacional Segundo Fonseca, o Brasil teria ainda mais a ganhar com a mudança, já que o público local consome proporcionalmente mais produções domésticas do que a média internacional. Entre os assinantes da Sky, de 70% a 80% da audiência está ligada a conteúdos brasileiros, incluindo esportes e notícias.

⚖️ Tramitação no Senado A empresa espera que o fim da vedação à propriedade cruzada volte a ser discutido no Senado, embora o andamento do projeto ainda seja incerto. Fonseca reconheceu a complexidade do PL do streaming, que envolve diferentes modelos de negócios e players do mercado.

📲 Aposta no streaming A Sky tem ampliado sua presença digital com o Sky+, plataforma que complementa a TV por assinatura. Metade dos usuários do serviço vem da base tradicional, enquanto a outra metade contrata de forma independente.

💰 Preocupação com a Condecine No debate do PL, a operadora também alerta para o risco de dupla cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), já paga pelos assinantes da TV paga, caso seja estendida ao streaming.

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