Âncora da Globo completou 11 anos na bancada e, em eventual saída, pode migrar para o infotenimentoA saída de William Bonner do Jornal Nacional (JN), após 29 anos, com César Tralli como sucessor, reacendeu especulações sobre quem poderia ocupar a vaga de Renata Vasconcellos na principal bancada do jornalismo brasileiro. Com 11 anos como âncora titular da faixa das 20h30, Renata não sinaliza intenção de deixar o posto, mas o processo de transição de Bonner — que levou cinco anos — sugere que ela pode permanecer por mais tempo. Caso saia, fontes dos bastidores da Globo apontam três nomes principais: duas do rodízio de folgas e férias do JN, e uma âncora tradicionalmente fora desse ciclo.Em 56 anos de história, o telejornal teve apenas quatro apresentadoras fixas — Lillian Witte Fibe, Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e Renata Vasconcellos —, nenhuma delas negra, apesar de as mulheres pretas serem o maior grupo populacional no Brasil. O futuro de Renata, segundo colunistas, pode seguir o caminho de suas antecessoras: o infotenimento, com programas sazonais na Globo ou no GNT, misturando jornalismo e entretenimento voltado ao público feminino.As favoritas: perfis e razões para a escolhaProfissionais da emissora destacam três jornalistas com bagagem para o cargo, priorizando experiência, carisma e representatividade:
- Ana Paula Araújo
Com 31 anos na Globo, Ana Paula é âncora do Bom Dia Brasil e integra o rodízio de folgas do JN desde 2011. Sua trajetória inclui reportagens impactantes no RJTV e habilidade comprovada em transmissões ao vivo, improvisando textos com fluidez. Fora das telas, é autora de livros e ativista contra violência doméstica e abuso sexual, temas que a tornam um rosto familiar e respeitado. “Ela tem a capacidade de ancorar com naturalidade e empatia”, avalia um bastidor. - Aline Midlej
Âncora do Jornal das Dez na GloboNews desde 2021, Aline se destacou por seu estilo assertivo, com comentários diretos e cobranças às autoridades. Dois meses após assumir o noticiário, já comandava edições eventuais do JN. Sua voz potente contra o racismo — em crônicas que ecoam o clamor social — a posiciona como ícone de representatividade: é a segunda jornalista negra no rodízio do JN, após Maju Coutinho. Faz parte do grupo de folgas e é vista como uma renovação fresca para a bancada. - Renata Lo Prete
Titular do Jornal da Globo desde 2017, Renata quebra a tradição de que âncoras do noticiário de fim de noite integrem o rodízio do JN. Especialista em jornalismo analítico, brilha na cobertura de eleições e temas complexos. Apesar de nunca ter apresentado o telejornal principal, seu prestígio é inquestionável — a coluna questionou a Globo sobre isso, sem resposta oficial. “Ela tem o equilíbrio perfeito entre análise e credibilidade para o JN”, dizem fontes internas.
A escolha final dependerá de fatores como química com o novo parceiro de bancada e alinhamento com a linha editorial da Globo. Enquanto isso, Renata Vasconcellos segue firme, celebrando 11 anos no ar com um novo colega ao lado. O mistério da sucessão continua alimentando os corredores da Plim-Plim.
Terra
