Ensinar o que foi o nazismo exige mostrar sua face mais cruel: os campos de concentração onde milhões de pessoas foram transformadas em cinzas. É esse o ponto central. O nazismo precisa ser lembrado não apenas pelas estradas construídas, pelos discursos inflamados ou pela propaganda, mas sobretudo pelo extermínio de seres humanos.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães surgiu na década de 1920, tendo Adolf Hitler como líder. Em 1923, ele tentou um golpe em Munique, foi preso e escreveu Mein Kampf. Nesse livro, Hitler apresentou uma visão profundamente antissemita e defendeu a segregação e a exclusão dos judeus da vida alemã. Ainda não falava de forma aberta em extermínio físico, mas lançou as bases ideológicas que mais tarde sustentariam o genocídio.
O partido nazista cresceu nas eleições, tornando-se a maior bancada do parlamento em 1932, embora sem maioria absoluta. Em 1933, Hitler foi nomeado chanceler. No ano seguinte, com a morte do presidente Hindenburg, unificou os cargos e passou a ser chamado de Führer. A partir daí, as ideias que pareciam apenas retórica começaram a ser colocadas em prática com violência totalitária.
Em Auschwitz-Birkenau, na Polônia ocupada, famílias inteiras eram levadas em trens, arrancadas de suas casas sob a promessa de “banhos”, e gaseadas em câmaras disfarçadas de chuveiros. Os corpos eram depois incinerados. As cenas de pais abraçando filhos, encontrados juntos após a morte, revelam a dimensão da barbárie.
No Brasil, o nazismo e seus símbolos são proibidos por lei. E a lição essencial permanece: a verdadeira divisão não é entre esquerda e direita, e sim entre democracia e ditadura. Democracia significa não depender de um salvador da pátria ou de líderes autoritários. Significa reconhecer que a construção de uma nação pertence ao povo, em igualdade. Ensinar isso é a melhor forma de impedir que a tragédia do nazismo se repita.
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