RS Notícias: O CÉREBRO LULISTA: O TOTEM, A TRIBO E A VERDADE SUPRIMIDA – 18.06.25

   Por Alex Pipkin

 

A conversa começou com mísseis e terminou com mantras.

Como toda boa reunião de brasileiros esclarecidos, o mundo em chamas, mas a fé no Lula intacta.

Debatia-se, num grupo seleto — em sua maioria da comunidade judaica — o atual conflito entre Irã e Israel. As ameaças teocráticas, a escalada geopolítica, a indiferença da ONU. Tudo civilizado até a referência de Lula. E, como sempre, o foco saiu das fronteiras do Oriente Médio e entrou na selva da devoção tribal brasileira.

Comentei que, para mim, Lula, além de bajulador de tiranos, é abertamente antissemita e incontornavelmente corrupto. Baseado em discursos, omissões, delações, provas. A resposta? A ladainha: “Lula não é antissemita. Tampouco corrupto”.

Não foi argumento. Foi missa lulista de sétimo dia da razão.

E não, prezado leitor, não sou bolsonarista. Nem de “extrema-direita”. Sou liberal. Contra qualquer coletivismo fracassado — seja de esquerda ou direita. Quem me lê sabe. Eu não defendo salvadores, nem mitos tropicais com adesivo sindical.

Mas o que me impressionou não foi o lulismo. Foi a conivência de quem deveria saber mais. Gente informada, racional, lúcida,que, diante de um Lula que afaga o Irã, acena para o Hamas e silencia sobre o Holocausto, ainda sussurra: “Diplomacia”.

Não é dissonância cognitiva. É desonestidade emocional.

Foi aí que entendi. Não estamos lidando com política, mas com neurociência primitiva.

A mente lulista não é ideológica. É tribal.

Não busca verdade, busca alívio. Não quer pensar, quer pertencer.

Os fatos são acessórios. Servem, se reforçam a tribo. São descartados, se a ameaçam.

A psicologia evolutiva e a neurociência social já revelam isso: o cérebro humano não foi feito para buscar a verdade, mas para manter a lealdade. A razão, muitas vezes, serve para justificar crenças, não para corrigi-las.

Em português direto: o lulista típico não acredita em Lula por causa dos fatos. Acredita apesar deles.

Admitir que Lula é corrupto seria mais do que mudar de ideia, ou seja, seria romper com uma identidade. Sair da bolha afetiva, encarar o vazio e admitir: fui enganado por um messias de barro.

A maioria não suporta isso. Prefere preservar o mito e rebater ou insultar quem ousa dizer o óbvio.

O resultado disso tudo é que o Brasil virou uma distopia cognitiva, trajado com paletó, crachá e orgulho de ser idiota útil.

O sujeito vê Lula bajulando um regime que quer apagar Israel do mapa e chama de “mediação”. Vê malas de propina, confissões, julgamentos, e diz: “perseguição”. Vê um país afundando e grita: “volta, companheira Dilma!”.

Não é ignorância. É vício. Vício em autoengano.

Enquanto o mundo encara a brutalidade iraniana e o direito de defesa de Israel, Lula faz turismo moral entre Teerã e Caracas.

Chama Israel de genocida, relativiza terroristas, inverte os papéis, encenando seu eterno sotaque de vítima iluminada.

Mas o problema maior não é ele.

É quem ainda aplaude.

A mente lulista não busca justiça. Busca confirmação. Busca manter sua narrativa emocional à base de slogans e ressentimento.

O lulopetismo não é uma ideologia. É uma religião secular da absolvição perpétua.

E Lula não é um ex-presidente. É um tótem.

E, como todo tótem tribal, quanto mais frágil, mais ferozmente é defendido.

Enquanto isso, a realidade sangra.

A economia derrete, o investimento foge, o agronegócio é hostilizado, a indústria apodrece, o funcionalismo cresce, e o cidadão desaparece.

Mas a tribo segue em êxtase.

Porque pensar exige coragem. Pertencer só exige slogans.

E assim seguimos, à beira do precipício vermelho: entre alianças com teocracias e palmas para a censura, entre o colapso educacional e a beatificação da ignorância, entre a fuga dos fatos e o conforto tribal.

Até o último míssil.

Ou até o último tótem cair. E, com ele, a última ilusão de que isso aqui ainda é uma democracia adulta e sadia.

Pontocritico.com

Source: RS Notícias: O CÉREBRO LULISTA: O TOTEM, A TRIBO E A VERDADE SUPRIMIDA – 18.06.25

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