Por Alex Pipkin
A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.
Como diria o pai do pai dos pobres, Karl Marx.
No Brasil, ela se repete como política pública.
A esquerda que um dia cantou esperanças hoje entrega ao país um trio que mistura oportunismo, amadorismo e revisionismo: o bêbado, o equilibrista e o antissemita. Todos de volta, como se nada tivesse acontecido. Ou pior, como se tudo devesse ser repetido.
Lula, o bêbado original, não tropeça mais nas ruas — tropeça nas ideias. Quando abre a boca, não fala: ressoa. É um repositório de chavões, ressentimentos e metáforas confusas. Tudo gira em torno dele. O “grande” operário-mártir-redentor. Só que agora sem carisma, sem brilho, mas com muita raiva.
O espetáculo, claro, é montado. Lula só discursa em palcos domesticados, rodeado de câmeras cúmplices e plateias treinadas para rir das suas ironias fáceis. Aliás, piadas que fariam um adolescente de 16 anos corar de vergonha. Não há risco.
A narrativa operária virou um monólogo para ignorantes voluntários.
Fernando Haddad, o equilibrista, apresenta-se como técnico, mas age como sacerdote do nacional-desenvolvimentismo. É o ministro da Economia Soviética, com diploma, mas sem imaginação.
Acredita em decretos como motor de crescimento, em subsídios como solução para tudo, e em palavras bonitas e em siglas como instrumento de política fiscal.
Contudo, a realidade é um inconveniente que ele tenta dobrar com retórica.
Evita a matemática da responsabilidade, prometendo equilíbrio, mas financiando a fantasia.
É o adulto da sala que ainda acredita em Papai Noel, desde que o trenó seja estatal.
Celso Amorim, o antissemita da vez, retorna como a consciência diplomática do lulismo. Mas sua bússola moral é viciada: sempre aponta para o eixo anti-Ocidente.
Com ele, o Brasil não se posiciona. Ou pior, ajoelha-se ao lado do eixo do mal.
Israel é opressor. Hamas é resistência. Ditadores são apenas mal compreendidos.
Sua diplomacia é feita de ressentimento e bajulação, sempre voltada para os que desdenham, clamorosa e vergonhosamente, da liberdade.
Enquanto isso, o trio “Calafrio” assiste ao mundo real agir.
Independente do que se diga sobre Donald Trump, ele negocia. Diga o que disser, Trump negocia os interesses americanos com clareza, pragmatismo e um olho no lucro nacional.
Já o nosso trio, ao contrário, perde-se em desculpas, fantasias ideológicas e culpa alheia.
São especialistas em apontar bodes expiatórios — a imprensa, o mercado, o imperialismo — mas incapazes de governar na realidade que exige ação, não discurso.
E quando tudo falha, contam com o auxílio luxuoso da toga militante: um STF que protege narrativas, silencia adversários e exerce, sem voto, o poder de veto.
Ali, já não se interpreta a Constituição. Reescreve-se a realidade conforme a conveniência do regime.
Esse trio não governa: reencena.
Não pensa o Brasil: reproduz uma mitologia de fracassos com entusiasmo reciclado.
O lulismo, na sua terceira encarnação, não é mais ideologia; é a insanidade de quadruplicar a aposta no erro.
E o Brasil, como sempre, paga a conta, na forma de dívida, desemprego, ou desalento.
A tragédia todos já conhecemos. A farsa também.
Mas aplaudi-la — até quando? Eis a verdadeira questão.
Pontocritico.com
Source: RS Notícias: O BÊBADO, O EQUILIBRISTA E O ANTISSEMITA – 18.07.25
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