Familiares dos últimos 20 reféns israelenses libertados pelo Hamas após mais de dois anos de cativeiro em Gaza revelaram as condições terríveis que seus entes queridos suportaram.
Os relatos descrevem que os cativos eram mantidos em locais como jaulas, túneis subterrâneos e poços, com privação de espaço, luz e ar:
- Jaulas: Um ex-refém, Omri Miran, foi mantido inicialmente com outros quatro em uma jaula de 1,8 por 1,6 metro, onde não era possível ficar em pé. Avinatan Or foi trancado algemado em uma “jaula de arame” após uma tentativa de fuga.
- Poços: O ex-refém Yosef Haim Ohana passou vários dias em um poço subterrâneo com outros seis cativos, sem espaço para sentar ou deitar e com ar insuficiente.
- Desnutrição e Manipulação: Guy Gilboa Dalal foi libertado gravemente desnutrido. Seu irmão relatou que o Hamas os deixava passar fome para usá-los como “exemplos visíveis” da escassez em Gaza e tentava manipulá-los psicologicamente, dizendo que o exército israelense queria matá-los. Rom Braslavski foi chicoteado e agredido.
Em contraste, um representante do Hamas, sob anonimato, afirmou que os reféns foram tratados de forma “muito ética e humana”, vivendo nas “mesmas condições que seus guardiões” e recebendo assistência médica, psicológica e comida. A libertação dos reféns ocorreu como parte de um acordo de cessar-fogo negociado pelos Estados Unidos.
