RS Notícias: GOVERNAR NÃO É UM SUBPRODUTO

 OS GOVERNANTES QUEREM GOVERNAR

Para fechar a semana achei por bem compartilhar o instigante artigo do britânico Jeff Thomas, recentemente publicado no site do -INSTITUTO ROTHBARD, epicentro de disseminação da Escola Austríaca de economia e do libertarianismo, com o título -OS GOVERNANTES QUEREM GOVERNAR-. Sugiro que indiquem a leitura a seus familiares e amigos.  Eis:

ÓBVIO

Os governantes querem governar. Bem, isso parece um pouco óbvio, não? No entanto, uma vez atrás da outra, elegemos novos líderes, imaginando que: “Este novo grupo de políticos eleitos será melhor – eles nos representarão como prometeram”. Infelizmente, o sistema democrático não funciona muito bem. Supõe-se que a ideia é que, se os líderes atuais passarem dos limites, novos candidatos podem surgir prometendo uma reversão da autocracia do grupo anterior, e nós os elegeremos. Eles então procederão à implementação dessa reversão. Claro, todos nós sabemos que é essa última parte que consistentemente nunca acontece. O novo grupo não cumpre suas promessas ao eleitorado – na verdade, quase invariavelmente procura aumentar seu poder sobre eles. E à medida que cada grupo assume maior poder do que o anterior, o país declina lentamente, até que, finalmente, atinge o estado de tirania.

Mas o que está no cerne desse processo? Por que diabos parece que nunca os novos líderes realmente diminuam seu poder e se tornem verdadeiros representantes daqueles que os elegeram? Com certeza de vez em quando obtemos alguns bons líderes.

RON PAUL

Para responder a essa pergunta, vamos dar uma olhada nesse título, no topo da página…Os governantes querem governar. Governar não é uma questão secundária; não é um subproduto. É o seu próprio propósito. É a razão pela qual eles concorreram a cargos eletivos. Mas então, por que pessoas melhores e menos obcecadas não concorrem? Bem, elas ocasionalmente o fazem, principalmente nos níveis mais baixos de cargos públicos, onde logo descobrem que a política é um negócio desagradável e que seus colegas detentores de cargos os detestam por sua integridade. Na verdade, eles se encontram isolados, assim como o policial de Nova York Frank Serpico – um cordeiro entre víboras. Em tal ambiente, é improvável que um “mocinho” dure muito.

As vezes surge um ocasional RON PAUL (político americano que como congressista apoiou a redução nos gastos do Estado e sugeriu a abolição do IMPOSTO DE RENDA) um farol na escuridão, mas os -RON PAULS- são raros e ainda mais raramente alcançam altos cargos. Em vez disso, aqueles que têm maior probabilidade de conseguir cargos públicos e mais probabilidade de permanecer lá são aqueles que mais desejam governar.

TRAÇOS DE CARÁTER

Então, se seguirmos esse raciocínio, quem dentro de uma determinada sociedade mais quer governar? Bem, claramente, aqueles que são os mais obsessivos em seu desejo de controlar os outros. Ainda mais se eles possuem esse desejo em um grau patológico.

Em uma jurisdição pequena, isso é menos pronunciado, porque há menos pessoas para concorrer a cargos públicos. Quanto maior o país, maior a probabilidade de que aqueles que são patológicos não apenas se apresentem, mas façam o que for preciso para ter sucesso. Suas chances de sucesso inicial e contínuo são, portanto, muito maiores do que as dos “bons” candidatos.

Se o raciocínio acima estiver correto, teríamos nossas legislaturas cheias de pessoas patológicas.

Em um país grande, todos os candidatos, em todos os partidos, podem muito bem se encaixar nessa descrição, resultando em uma garantia virtual de que os primeiros lugares seriam preenchidos por aqueles que são patológicos. (As estimativas sustentam que aproximadamente 6,2% de qualquer população provavelmente é narcisista. Os sociopatas estão em 4%.)

Então, vamos testar isso. Vejamos uma lista de traços de caráter de cada uma dessas psicopatias e nos perguntemos se as descrições se encaixam em algum (ou todos) de nossos governantes.

Narcisismo

Senso grandioso de autoimportância

Preocupado com fantasias de sucesso e poder ilimitados

Requer admiração excessiva

Tem um senso pronunciado de merecimento

É explorador dos outros

Falta empatia

Demonstra comportamento soberbo e arrogante

Sociopatia

Charme superficial e boa inteligência

Insegurança

Falsidade e falta de sinceridade

Falta de remorso e vergonha

Mau julgamento e falha em aprender pela experiência

Egocentrismo patológico e incapacidade para o amor

A BOA NOTÍCIA

Ao examinar as características acima e compará-las com as características que observamos em nossos líderes políticos, não nos perguntamos mais por que nossos líderes não são mais verdadeiros, mais confiáveis, mais representativos, menos arrogantes etc. Na verdade, em qualquer situação, podemos esperar dos líderes um exagero em cada uma das seguintes categorias:

Um direito assumido ao poder (sobre o eleitorado e outros estados soberanos)

Extrema falta de preocupação com a verdade ou integridade (a realidade se torna o que o líder decidiu mais recentemente o que ela é)

Falta de verdadeira preocupação com o eleitorado em qualquer nível (embora a “preocupação” possa muito bem ser fingida)

Inconsistência e falta de confiabilidade nas ações e na formulação de políticas

Fascínio pelas oportunidades de conflito armado (tanto doméstico quanto internacional)

Descuido no sacrifício da vida de outras pessoas em situações de combate (o conflito armado é um jogo interessante, e não uma necessidade infeliz)

Qualquer que seja a nação de onde o leitor seja, ele pode reler a descrição acima, enquanto imagina cada um dos últimos líderes que seu país teve, e se perguntar se essas características se aplicam. (Novamente, quanto maior o país, maior a probabilidade de que todas as alternativas sejam marcadas, em relação a todos os líderes, independentemente do partido político.) Além disso, se o leitor decidir estender o exercício para aqueles no segundo e terceiro níveis de poder (vice-presidente, ministro da Fazenda, secretário de Estado etc., dependendo da jurisdição), meu palpite seria que esses indivíduos também se encaixariam nas características muito bem.

Certo, então. Já estávamos um pouco tristes com aqueles que ostensivamente foram eleitos para “representar nossos interesses”. Agora, parece não apenas que eles são um grupo ruim, mas que há pouca esperança de melhora, a não ser exumar Guy Fawkes e cloná-lo em grande número.

Então, o que podemos aprender com este exercício?

Podemos supor que, se um estado soberano foi fundado como uma república livre (por exemplo, a Roma Antiga ou os Estados Unidos), ou se foi fundado desde o início como um estado opressor (por exemplo, a França ou a União Soviética após suas respectivas revoluções em 1799 e 1917), é certo que os indivíduos patológicos serão aqueles que buscarão desesperadamente o cargo. Isso significa que, com o tempo, o novo estado invariavelmente progredirá em direção à tirania, até o momento em que o sistema seja encerrado e reiniciado.

O que isso significa é que o leitor pode querer avaliar o ponto que seu país de origem atingiu em seu declínio e considerar se ele atingiu o ponto de retornos decrescentes no que diz respeito à sua própria liberdade pessoal de viver sua vida como achar melhor.

A boa notícia é que, em qualquer momento da história, existem países que estão em diferentes estágios de declínio, e o leitor tem opções sobre onde pode residir, trabalhar e investir, se desejar.

Pontocritico.com

Source: RS Notícias: GOVERNAR NÃO É UM SUBPRODUTO

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