RS Notícias: Giorgia Meloni: A Jornada da Primeira-Ministra da Itália e Sua Ascensão Política

Introdução

Giorgia Meloni é uma política italiana nascida em 15 de janeiro de 1977, em Roma. Ela é a atual primeira-ministra da Itália, cargo que assumiu em outubro de 2022, tornando-se a primeira mulher a ocupar essa posição na história do país. Líder do partido de direita Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), Meloni é conhecida por suas posições populistas, conservadoras e nacionalistas, embora tenha moderado algumas visões ao longo da carreira para se alinhar com instituições europeias e internacionais. Sua trajetória política é marcada por uma ascensão rápida, influenciada por raízes no ativismo juvenil e em movimentos de direita.

Vida Pessoal e Início

Meloni cresceu em Roma, em uma família de classe média. Seu pai abandonou a família quando ela era jovem, e ela foi criada pela mãe, uma escritora, junto com a irmã. Desde a adolescência, demonstrou interesse por política: aos 15 anos, ingressou no movimento juvenil da Aliança Nacional (um partido de direita pós-fascista), participando de protestos estudantis e atividades políticas locais. Formou-se em jornalismo e trabalhou como repórter antes de se dedicar integralmente à política. Meloni é mãe de uma filha, nascida em 2016, e mantém uma vida pessoal discreta, frequentemente destacando valores familiares e cristãos em seus discursos. Sua juventude foi influenciada por figuras como J.R.R. Tolkien e o conservadorismo cultural, o que moldou sua identidade política.

Carreira Política e Obra

A carreira de Meloni começou nos anos 1990, com cargos locais. Em 1998, foi eleita para o conselho provincial de Roma pela Aliança Nacional. Em 2006, aos 29 anos, entrou no Parlamento italiano como deputada, tornando-se a mais jovem vice-presidente da Câmara dos Deputados. Dois anos depois, em 2008, foi nomeada Ministra da Juventude no governo de Silvio Berlusconi, sendo a ministra mais jovem da história da República Italiana. Nessa função, promoveu políticas para jovens, como incentivos educacionais e combate ao desemprego juvenil.

Em 2012, após desentendimentos no partido Povo da Liberdade (de Berlusconi), cofundou o Fratelli d’Italia, um partido nacionalista e conservador inspirado no hino italiano. Assumiu a liderança em 2014 e transformou o FdI de uma sigla marginal (com cerca de 2% dos votos) em uma força dominante, alcançando 26% nas eleições de 2022. Como primeira-ministra, sua “obra” inclui reformas econômicas, como redução de impostos e investimentos em infraestrutura, além de políticas imigratórias rigorosas, com foco em controlar fluxos migratórios do Mediterrâneo. Internacionalmente, Meloni tem se posicionado como aliada da União Europeia, da OTAN e da Ucrânia na guerra contra a Rússia, distanciando-se de visões mais radicais do passado. Em 2025, ela continua a influenciar o conservadorismo europeu, promovendo uma agenda que equilibra nacionalismo com cooperação global, como na reconciliação de relações com a China e outros parceiros.

Sua obra também abrange publicações e discursos: Meloni escreveu o livro “Io sono Giorgia” (Eu sou Giorgia), uma autobiografia que mistura memórias pessoais com visões políticas, tornando-se um best-seller na Itália. Ela é vista como uma “dama de ferro” moderna, defendendo temas como identidade cultural, família tradicional e soberania nacional.

Momentos Importantes da Carreira

• 1992: Início no ativismo: Aos 15 anos, junta-se ao Fronte della Gioventù, braço juvenil do Movimento Social Italiano (MSI), marcando sua entrada na política de direita.
• 2006-2008: Ascensão no Parlamento: Eleita deputada e ministra, ganhando visibilidade nacional como figura jovem e carismática.
• 2012: Fundação do Fratelli d’Italia: Após ruptura com Berlusconi, cria o partido que a catapultaria ao poder.
• 2022: Vitória eleitoral e posse como PM: Lidera a coalizão de direita à vitória, formando o governo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial, com foco em economia e imigração.
• 2023-2025: Posicionamento internacional: Apoia a Ucrânia, fortalece laços com a UE e OTAN, e navega crises como a econômica pós-pandemia e relações com líderes europeus, incluindo o Reino Unido. Em 2024, foi criticada e elogiada por sua “mudança de forma” (shapeshifting), adaptando-se de ultranacionalista a líder pragmática.

Meloni permanece uma figura polarizante: admirada por conservadores por sua resiliência, mas criticada por progressistas por posições em direitos LGBTQ+ e imigração. Em 2025, continua a moldar o futuro da Itália e da Europa.