RS Notícias: George R.R. Martin processa OpenAI e Microsoft: ChatGPT recria “As Crônicas de Gelo e Fogo” com detalhes impressionantes

 

Um juiz federal de Manhattan autorizou, em 27 de outubro de 2025, que prossiga o processo movido por George R.R. Martin — criador de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, saga que inspirou “Game of Thrones” — e outros 17 autores contra a OpenAI e a Microsoft. A acusação central é de violação de direitos autorais: as empresas teriam usado obras protegidas sem permissão para treinar o ChatGPT, permitindo que a IA reproduza estilos e elementos narrativos com precisão alarmante.A prova que chocou o tribunal: uma continuação gerada pela IAO ponto alto da argumentação veio de um experimento simples proposto pelos advogados dos autores. Eles pediram ao ChatGPT que criasse uma continuação fictícia para “A Fúria dos Reis” (segundo livro da saga, lançado em 1998). Em segundos, o modelo gerou um romance completo intitulado Dança das Sombras, repleto de elementos característicos do universo de Martin: uma nova herdeira Targaryen chamada Lady Elara, uma seita rebelde dos Filhos da Floresta e uma forma misteriosa de magia antiga ligada a dragões. A semelhança estilística e temática foi tão fiel que levantou a questão inevitável: como a IA poderia recriar com tanta fidelidade o mundo de Westeros sem acesso direto às obras originais?De acordo com a decisão judicial, essa capacidade de gerar conteúdo “substancialmente semelhante” às narrativas protegidas por direitos autorais justifica o avanço do caso. O processo, iniciado em setembro de 2023, alega que bilhões de páginas de livros foram “raspadas” ilegalmente para alimentar os algoritmos da OpenAI, violando leis de propriedade intelectual.Reações e implicações: “Se você for uma IA, pode acabar nos tribunais por escrever tão bem quanto George R.R. Martin”A notícia viralizou nas redes, com fãs de “Game of Thrones” divididos entre o fascínio pela criatividade da IA e a defesa ferrenha da autoria humana. Críticos como Martin, que há anos luta contra o atraso em concluir a saga, viram na demonstração um alerta sobre o “roubo criativo”. A frase irônica que circula — “Se você for uma IA, pode acabar nos tribunais por escrever tão bem quanto George R.R. Martin” — resume o debate: a tecnologia avança, mas a que custo para os criadores?Especialistas em direito digital apontam que o veredicto pode definir precedentes globais sobre o uso de dados protegidos no treinamento de IAs generativas. Para a OpenAI, que já enfrenta ações semelhantes de autores como John Grisham e Jodi Picoult, o caso representa um risco bilionário. Martin, por sua vez, reforça sua posição como guardião do legado de Westeros, enquanto o mundo aguarda não só o próximo livro, mas também o desfecho dessa batalha judicial.O caso segue para fases de descoberta de evidências, com audiências previstas para 2026. Para os fãs, uma lição amarga: enquanto dragões voam na ficção, na realidade, a IA pode devorá-los — mas não sem uma boa briga.

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