Brasília, 14 de novembro de 2025 – A Polícia Federal revelou que o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, embolsava R$ 250 mil mensais em propina no esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. A conclusão integra o relatório que embasou a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13), com prisão preventiva determinada pelo ministro André Mendonça (STF), relator do caso.Stefanutto, codinome “Italiano” na investigação, usava empresas de fachada — uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia — para receber os valores. A PF aponta que ele tinha influência na Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares), de onde saía o dinheiro da fraude em massa.Cronologia da propina
- Período: Junho/2023 a setembro/2024.
- Valor inicial: Não divulgado.
- Aumento: R$ 250 mil/mês após assumir a presidência do INSS (2023).
- Origem: Escoamento direto dos descontos fraudulentos.
“Stefanutto atuou como facilitador do esquema, usando sua influência para garantir a continuidade da fraude”, afirma a PF.
Antes de presidir o INSS, ele foi procurador do órgão. A operação apreendeu documentos e bloqueou bens, investigando lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Stefanutto está preso em regime fechado. A Conafer nega irregularidades.
Agência Brasil e Correio do Povo
