São Paulo, 14 de novembro de 2025 – O dólar comercial fechou em leve alta de 0,10% nesta quinta-feira (13), cotado a R$ 5,2983, na contramão da queda global da moeda americana. Com mínima de R$ 5,2741 e máxima de R$ 5,3033, a divisa americana resistiu ao rompimento do piso de R$ 5,30, pressionada por temores de saída de recursos da bolsa brasileira e aumento de remessas ao exterior nas próximas semanas. Operadores destacam que a rotação global de portfólios, que impulsionou emergentes recentemente, perdeu fôlego, afetando pares latino-americanos como o peso mexicano e o colombiano (queda de 1%).Fatores que limitaram o real
- Fluxo de saída: Investidores estrangeiros podem reduzir exposição à B3, após rali recente.
- Carry trade em xeque: Selic elevada encarece posições em dólar, mas tom duro do Copom freia apostas excessivas no real.
- Emergentes em baixa: Peso mexicano e colombiano lideraram perdas regionais, com o DXY (índice do dólar) caindo para mínima de 98,991 pontos (fechamento em 99,155, -0,005%).
“O rali do real foi externo, impulsionado por rotação global. O Copom duro ajudou, mas agora o movimento esfria”, analisa Marcelo Bacelar, gestor da Azimut Brazil Wealth Management.
Desempenho do dólar
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Período
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Variação
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Dia (13/11)
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+0,10% (R$ 5,2983)
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Semana
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-0,70%
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Novembro
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-1,52%
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Ano
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-14,27%
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O dólar acumula perdas em novembro, após alta de 1,08% em outubro, beneficiado por juros altos e influxo de capitais. No exterior, o DXY recua ante euro, franco suíço e libra, mas emergentes como o real enfrentam correção. Analistas preveem estabilidade em R$ 5,25-5,35 até o fim do mês, dependendo de dados de emprego nos EUA.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
