Por Alex Pipkin – PhD em Administração
Preparem o palco, os microfones e as câmeras. E não esqueçam da pipoca.
Vem aí a COP30, o maior show de virtude verde que o Brasil já viu. O mesmo desgoverno que não consegue conter o crime nas ruas nem equilibrar as contas públicas agora promete regenerar o planeta. Um feito digno de ficção ecológica e, claro, de pura propaganda política.
A COP30 é uma encenação, repleta de chavões, selfies e discursos cuidadosamente coreografados. Por trás do verniz de “sustentabilidade” e “justiça climática”, esconde-se o velho é sempre renovado projeto de poder. Aquele que troca liberdade por regulação, mérito por burocracia, e o suor do cidadão que de fato trabalha pelo aplauso de quem discursa ideologicamente.
É evidente que Lula vai aproveitar vinte dias de cobertura intensa do Partido Oficial da Mídia para propagandear sua pseudo-preocupação com o meio ambiente e, principalmente, desviar o foco dos problemas reais do país lulopetista.
Os holofotes deveriam estar centrados no déficit público crescente, no rombo nas estatais, no roubo das crianças e dos velhinhos no INSS, na insegurança nas ruas, e na defesa vergonhosa de bandidos e traficantes. Um escárnio orquestrado com pompa midiática.
Os eco-populistas descobriram a fórmula perfeita; vender culpa e comprar controle. Falam em “transição justa”, mas propõem mais Estado, mais impostos, mais dependência. Revestem o autoritarismo de verde e o socialismo de “sustentabilidade”. Querem decidir o que comemos, o que dirigimos, o que produzimos, e até sonham com quanto carbono podemos respirar.
Quem acredita em finanças públicas responsáveis, inflação sob controle e liberdade de mercado sabe que os “progressistas verdes” não são aliados da real preocupação com o meio ambiente, são adversários do que mais importa — o crescimento econômico. Não confiam no indivíduo, mas em burocratas planetários; não acreditam na inovação, mas em decretos e subsídios. Pregam igualdade, mas perpetuam privilégios.
Pois é. Enquanto o Brasil real sofre com violência e inflação, o governo se prepara para seu carnaval ideológico em Belém. A COP30 será palanque internacional, álibi moral e biombo para o fracasso cotidiano. A farsa ambiental cobre o descontrole fiscal, a incompetência administrativa e o apoio, mesmo que velado, ao narcotráfico, transformando um problema nacional em espetáculo global.
Acho muito curioso e sintomático que após quase trinta anos de COPs, as emissões mundiais só aumentaram. As conferências multiplicam palavras, relatórios e selfies, mas produzem o mesmo resultado que um ventilador ligado no deserto, isto é, barulho, poeira e calor. O planeta não muda; muda apenas o verniz do discurso “progressista”.
A agenda verde, aplicada sem senso crítico, destrói a competitividade. O Brasil, que já enfrenta energia caríssima, impostos abusivos e burocracia sufocante, ainda é pressionado por metas e restrições que premiam a ineficiência. A economia trava em nome de ideais hipotéticos, enquanto todos são obrigados a financiar um teatro de culpa coletiva.
Não se trata de negar o valor da preservação ambiental, mas de denunciar o uso político do medo ecológico. O ambientalismo virou a nova religião dos ressentidos, onde se promete salvação planetária, desde que o fiel entregue sua liberdade no altar do Estado.
A COP30 será um sucesso! Evidente, um show dos horrores de hipocrisia e encenação. O resultado não será nenhuma novidade; nenhum.
Para o trabalhador brasileiro comum, esse sim continuará pagando caro por energia, combustível e insegurança, assistindo de longe à procissão dos santos verdes, que pregam a salvação universal enquanto enterram, dia após dia o país afrodisíaco das belezas naturais, da beleza feminina e do carnaval.
O que está sendo sepultado factualmente, na farsa lulopetista, é a liberdade individual e o redentor crescimento econômico.
Pontocritico.com
Source: RS Notícias: COP30 E O GRANDE ESPETÁCULO VERDE – 04.11.25