RS Notícias: Conheça a história da icônica atriz Patricia Laffan, nascida em Londres em 1919

 

Patricia Laffan: Vida e Obra da AtrizPatricia Laffan, cujo nome completo era Patricia Alice Laffan, foi uma icônica atriz inglesa de cinema, teatro, televisão e rádio, nascida em 19 de março de 1919, no bairro de Streatham, em Londres, Inglaterra. Filha única de Arthur Charles Laffan, um próspero plantador de borracha irlandês na Malásia, e de Elvira Alice Vitali, uma socialite londrina, ela cresceu em um ambiente de conforto e sofisticação. Seus pais retornaram às Ilhas Britânicas pouco antes de seu nascimento, o que a inseriu desde cedo na vibrante cena cultural de Londres. Com 1,68 m de altura, cabelos castanho-avermelhados escuros e olhos verdes penetrantes, Laffan possuía uma presença marcante e imponente, frequentemente descrita como “estatuesca e sinistra”, com traços que evocavam uma serpente sedutora — qualidades que a tornaram perfeita para papéis de vilãs ou personagens excêntricos.Início da Carreira e FormaçãoAos 10 anos, ao assistir ao filme The Broadway Melody (1929), da MGM, Patricia decidiu que queria ser atriz — uma decisão que moldou sua vida. Educada em escolas em Folkestone, Kent, e no prestigiado Institut Français em Londres, ela aprimorou suas habilidades dramáticas na Webber-Douglas Dramatic School e estudou dança na De Vos Ballet School. Sua estreia no cinema veio cedo, em 1936, com um pequeno papel em One Good Turn, marcando o início de uma carreira que a levaria dos palcos londrinos às produções de Hollywood.Laffan era versátil: atuou em peças teatrais, radionovelas e séries de TV da BBC, mas foi no cinema que ganhou destaque. Inteligente e de espírito rápido, ela confessou em entrevistas que, caso não tivesse escolhido a atuação, provavelmente seria escritora — e de fato, publicou mais de 70 contos curtos no London Mirror sob pseudônimo, além de ghostwriting para publicações. Seus hobbies incluíam carros velozes, criação de buldogues (bull terriers) e equitação, refletindo uma personalidade aventureira e independente.Principais Obras e Destaques na CarreiraEmbora talentosa, Laffan foi subutilizada pela indústria, frequentemente relegada a papéis secundários de antagonistas ou aristocratas excêntricas devido à sua aparência única e presença dominante, o que a tornava “difícil de escalar” para heroínas convencionais. Seus trabalhos mais memoráveis incluem:

  • Quo Vadis (1951): Seu grande sucesso, como a imperiosa e cruel Imperatriz Poppaea, na superprodução épica da MGM dirigida por Mervyn LeRoy, ao lado de Robert Taylor e Deborah Kerr. O filme, um dos mais caros da época, lançou Laffan como estrela internacional da noite para o dia, consolidando-a como ícone de vilania clássica.
  • Devil Girl from Mars (1954): Papel titular como Nyah, a alienígena dominatrix vinda de Marte, em um cult de ficção científica britânico de baixo orçamento. Vestida em um traje de couro futurista, ela se tornou um símbolo de empoderamento feminino sci-fi, garantindo seu status cult até hoje. O filme é considerado um marco do gênero B-movie.

Outros créditos notáveis:

  • 23 Paces to Baker Street (1956): Participação em um thriller psicológico com Van Johnson.
  • Aparições em séries de TV como BBC Sunday-Night Theatre e dramas de crime da época, onde interpretava damas aristocráticas ou vilãs enigmáticas.

Em 1956, houve rumores de que ela seria considerada para biografar Gertrude Lawrence em Hollywood, devido à semelhança física, mas o projeto não se concretizou. Sua carreira cinematográfica diminuiu após os anos 1950, com poucas oportunidades de destaque, levando-a a se aposentar das telas em 1965 (ou 1969, conforme algumas fontes).Vida Pessoal e LegadoLaffan nunca se casou nem teve filhos, optando por uma vida de independência. Após a aposentadoria, ela se reinventou como empresária de moda internacional, dividindo tempo entre casas em Londres, Chelsea, e Paris. Apaixonada por causas filantrópicas, presidiu a Cruz Vermelha Britânica e a British Heart Foundation, atuou como vice-presidente do Arts Council of England, lecionou teatro na Royal Central School of Speech and Drama e foi uma ativa paroquiana da Igreja Episcopal, apoiando o Partido Liberal. Frequentemente convidada para entrevistas na BBC, ela compartilhava anedotas de sua carreira com humor e elegância. Sua conexão tangential com Judy Garland veio via uma amiga advogada, mas permaneceu periférica.Patricia Laffan faleceu em 10 de março de 2014, aos 94 anos, em Londres, vítima de complicações da idade avançada. Seu legado perdura como cult figure, especialmente por Devil Girl from Mars, que inspirou uma biografia ilustrada, Devil Girl Remembered, escrita por Andrew Ross em 2021. Apesar de uma carreira subestimada, Laffan exemplifica o glamour e a resiliência das atrizes de ouro do cinema britânico, deixando uma marca indelével em épicos históricos e sci-fi excêntricos. Seus fãs ainda celebram sua presença magnética, que transformou papéis secundários em ícones inesquecíveis.

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