por Rogério Mendelski
Ainda está difícil de entender o motivo de Carlos Bolsonaro querer uma vaga no Senado por Santa Catarina e se a intenção é a de eleger o máximo possível de senadores em 2026 não é no vizinho estado que existe tal problema.
Ainda sobra muito tempo para o ex-presidente Jair Bolsonaro modificar sua intenção em manter seu filho Carlos como possível candidato a uma das duas vagas ao Senado por Santa Catarina. O cenário político catarinense se mostrava tranquilo alguns meses atrás para duas candidaturas possíveis ao Senado: Esperidião Amin (PP), concorrendo à reeleição e Carol De Toni, deputada federal pelo PL. E foi aí que surgiu o nome de Carlos Bolsonaro, vereador carioca, “invadindo” o pacífico território bolsonarista de Santa Catarina, para se apresentar como pré-candidato, não do PL, mas de seu pai. O simples anúncio dessa intenção rachou o eleitorado de direita de Santa Catarina que é diferente do eleitorado do Amapá que aceitou languidamente a imposição do nome de José Sarney para representá-lo no Senado e lá ficou por três mandatos. Ainda está difícil de entender o motivo de Carlos Bolsonaro querer uma vaga no Senado por Santa Catarina e se a intenção é a de eleger o máximo possível de senadores em 2026 não é no vizinho estado que existe tal problema. Carlos Bolsonaro é visto como um neófito para a direita catarinense que já tem dois nomes (Amin e De Toni) consagrados para as duas vagas de 2026. O eleitorado de Carlucho é o do Rio de Janeiro que no ano passado lhe deu 130 mil votos para representá-lo na Câmara de Vereadores, fato que lhe proporcionaria, tranquilamente, uma vaga como deputado federal. Convém lembrar que a eleição para o Senado não tem segundo turno e com o eleitorado bolsonarista rachado, a extrema-esquerda catarinense agradece e já sonha com uma vaga no Senado com a candidatura de Décio Lima, ex-prefeito de Blumenau. Ninguém falou para o ex-presidente Bolsonaro sobre o problema causado com a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro?
ACABOU A TRANQUILIDADE
A presença de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina criou um clima de intranquilidade no PL local. Ela é tão perturbadora que ameaça até a campanha de reeleição do governador Jorginho Melo, antes ajustada com o PP, desde que o PL apoiasse a reeleição do senador Esperidião Amin.
CAROL DE TONI
A excelente deputada federal do PL catarinense pode estar ameaçada na sua intenção em disputar o Senado, em 2016, mesmo liderando a última pesquisa. E se o nome de Carlos Bolsonaro for aprovado pelo PL catarinense, Carol de Toni poderá deixar o partido e ingressar no Partido Novo para ser candidata ao Senado.
OUTRO NOME FORTE
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), quer disputar o governo de SC, ameaçando o projeto de reeleição de Jorginho Melo. Para afastá-lo desta ideia, foi oferecida uma vaga na disputa pelo Senado, em dupla com Carlos Bolsonaro.
DIREITA EM CRISE
Carlos Bolsonaro embaralhou a direita catarinense. Para fazer um agrado ao pai Bolsonaro, Carlucho pode ser candidato ao Senado em dupla com João Rodrigues e Esperidião Amin se contentaria em ser o vice de Jorginho Melo. Amin aceitaria essa submissão?E Carol de Toni vai ficara calada?
GASTANÇA SEM LIMITES
Os partidos políticos terão R$ 6,4 bilhões para gastar na eleição do próximo ano. É tanto dinheiro que esse valor é superior aos orçamentos de oito ministérios do governo Lula em 2025.
OSMAR TERRA ALFINETA MADURO
“O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro cantarola ‘Imagine’, hino pacifista de John Lennon, para pedir paz aos EUA! Será que era essa a música que ele cantarolava quando massacrava o povo nas ruas? Quando torturava presos políticos nas masmorras venezuelanas? Era essa a música que cantarolava quando levou a fome a maioria da população e fez com que 8 milhões de venezuelanos fugissem do país, para sobreviver? Era essa a música quando levou seu povo a protagonizar a maior diáspora dos tempos modernos? Era essa a música que ele cantarolava quando subornava seus chefes militares e promovia o maior cartel de drogas do mundo?! Se não cantarolava antes, porque cantarola ‘Imagine’ agora?” A opinião é do deputado Osmar Terra (PL-RS).
Correio do Povo