Passageiros de veículo alvejado dizem acreditar ter sido confundidos por atiradores, mas polícia não descarta que caso tenha relação com disputas entre facções
A Polícia Civil faz buscas por suspeitos de participação no ataque a tiros no túnel da Conceição, em Porto Alegre, na noite de quinta-feira. Ninguém ficou ferido, apesar dos mais de 40 disparos que foram efetuados. Não é descartado que o caso tenha relação com disputas entre facções.
O atentado ocorreu por volta das 19h30min, quando um Fiat Uno branco que transitava na via foi alvejado por tripulantes a bordo de um Fiat Cronos prata. Depois de alguns tiros, dois homens desembarcaram do segundo veículo e dispararam novamente contra o outro automóvel.
Havia dois ocupantes no Uno, cujo motorista engatou marcha à ré para tentar escapar. Outros veículos que estavam ali também foram atingidos, como o Fiat Fiorino de uma empresa de telecomunicações, mas ninguém ficou ferido.
Após mais de 40 disparos de pistola calibre 9 milímetros, que é uma arma de uso restrito, os atiradores retornaram para o interior do Cronos e fugiram. Nenhum deles havia sido preso até o momento desta publicação.
O local foi isolado e o túnel da Conceição ficou bloqueado para trabalhos de perícia, sendo liberado após às 21h30min. A situação provocou congestionamento e os motoristas precisaram utilizar a Avenida Mauá como alternativa.
A Brigada Militar aponta que a dupla de passageiros do Uno soma antecedentes por tráfico de drogas. Aos policiais, eles relataram ter sido seguidos pelo outro carro desde a avenida Farrapos, e que acreditam que os atiradores os confundiram com outros alvos.
De acordo com o delegado Leandro Bodoia, a veracidade do relato deles passa por apuração. Uma das suspeitas é que o crime tenha ligação com rivalidades no contexto do narcotráfico.
“Ainda estamos apurando a motivação do crime. Foram mais de 40 disparos de pistola, então nenhuma linha de investigação é descartada. Vamos analisar as imagens de câmeras na região para chegar aos responsáveis”, pontuou delegado Leandro Bodoia.
Correio do Povo
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