O ataque
O afegão Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, foi acusado de homicídio após atirar contra dois agentes da Guarda Nacional em Washington, na última quarta-feira (26), próximo à Casa Branca. Uma militar de 20 anos morreu e outro soldado ficou gravemente ferido. O episódio ocorreu na véspera do feriado de Ação de Graças e causou forte comoção nos Estados Unidos.
Possível radicalização
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, declarou neste domingo (30) que Lakanwal pode ter se radicalizado após chegar ao país.
“Acreditamos que foi através de conexões em sua comunidade e estado de origem”, disse Noem em entrevista à ABC, acrescentando que o governo seguirá investigando contatos familiares e sociais do acusado.
Histórico do acusado
Lakanwal entrou nos Estados Unidos em 2021, por meio de um programa de reassentamento após a retirada militar americana do Afeganistão. Antes disso, integrou as chamadas unidades zero, grupo antiterrorista afegão apoiado pela CIA. Já residente no estado de Washington, ele viajou pelo país até realizar o ataque armado em Washington.
Disputa política
Segundo a imprensa americana, Lakanwal recebeu asilo em abril de 2025, durante o governo de Donald Trump. No entanto, aliados do ex-presidente responsabilizam a administração de Joe Biden por falhas na supervisão durante a ponte aérea afegã.
Noem afirmou que o processo de verificação do acusado “talvez tenha sido feito”, mas de forma incorreta. Já Trump, em sua rede Truth Social, acusou Biden e a vice-presidente Kamala Harris de terem “arruinado o país ao permitir a entrada de qualquer um sem controle ou verificação”.
Correio do Povo
