No segundo andar da rodoviária de Porto Alegre, no fim de um corredor discreto, funciona o setor de Achados e Perdidos, comandado há 15 anos por Benhur Vasconcelos. Ali já passaram os mais variados objetos esquecidos pelos passageiros — de documentos e celulares até itens inusitados, como uma cadeira de rodas e um par de muletas.
A rotina de Vasconcelos não é única. Aeroporto, trens e estádios da capital também possuem departamentos destinados a guardar aquilo que os porto-alegrenses deixam para trás. E os números mostram que os esquecimentos são frequentes.
Aeroporto Salgado Filho
Somente em 2025, o departamento de Achados e Perdidos do Aeroporto Salgado Filho recebeu 7.640 itens. Desses, apenas 1.339 foram recuperados por seus donos. A taxa de devolução acompanha a média registrada em outros locais: cerca de 30% dos objetos entregues retornam aos proprietários.
O que fica para trás
Entre os itens mais comuns estão documentos, bolsas, roupas e eletrônicos. Mas os registros também revelam histórias curiosas, com objetos que dificilmente se imaginaria serem esquecidos em locais públicos.
Um retrato da cidade
Os setores de Achados e Perdidos acabam funcionando como um retrato da vida urbana: mostram tanto a pressa e a distração dos cidadãos quanto a importância de manter estruturas que possibilitem a devolução de bens pessoais.
Fonte: Correio do Povo.
Origem: RS Notícias: Achados e Perdidos revelam rotina de esquecimentos em Porto Alegre
