Mesmo abalado pela derrota por 3 a 0 para o São Paulo, na noite de quarta-feira (3), na Vila Belmiro, o técnico Abel Braga decidiu conceder entrevista coletiva. O treinador, que assumiu o Internacional no último domingo com a missão de evitar o rebaixamento, recebeu a sugestão de dirigentes para não falar, mas preferiu enfrentar as câmeras. Aos 73 anos, avaliou que o silêncio seria pior.
“Depende de nós. Temos que ter uma atuação digna. Vai dar? Não sei. Não depende mais de nós. Tem que jogar pela honra. Depois, vai ser chamado de time sem vergonha. Mas nós temos que assumir juntos”, afirmou Abel, que respondeu a todas as perguntas, mesmo sem estar recebendo salários para comandar o Inter nos dois jogos finais do Brasileirão.
🔹 Responsabilidade assumida
O treinador encerrou a coletiva assumindo integralmente a culpa pelo momento da equipe, apesar dos poucos dias de trabalho:
“Não importa o tempo que estou aqui e nem o motivo que aceitei vir. Nós tínhamos que fazer mais e não fizemos. Então, a responsabilidade tem que ser minha.”
🔹 Pronunciamento da direção
Enquanto Abel encarava os jornalistas, o vice de futebol José Olavo Bisol adotou postura diferente. Fez apenas um pronunciamento, sem aceitar perguntas, lamentando a situação dramática do clube e pedindo apoio da torcida para o jogo decisivo contra o Bragantino, no domingo, no Beira-Rio.
“Nosso ídolo maior não tem nenhuma responsabilidade sobre o momento que vivemos. Mas nos cabe buscar até o último minuto. Vamos buscar uma vitória dentro do nosso estádio. Temos que manter a mobilização e acreditar que ainda podemos reverter essa situação”, declarou o dirigente.
📌 O Inter chega à última rodada do Brasileirão pressionado, precisando vencer e torcer por resultados paralelos para evitar o rebaixamento.
Fonte: Correio do Povo
