O Estádio Olímpico Monumental, antigo colosso do futebol brasileiro e lar histórico do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, está em completo estado de abandono desde seu fechamento em 2013. Erguido em 1954 para receber 45 mil pessoas, o estádio, carinhosamente conhecido como “Velho Casarão”, hoje é um cenário de ruínas, mato e entulho no coração de Porto Alegre.
Do Símbolo de Glória ao Abandono Urbano:
O Olímpico foi palco de mais de 3.500 jogos e grandes conquistas do Grêmio, como a Libertadores de 1995, tornando-se parte da identidade de milhões de torcedores. Seu ciclo se encerrou com a inauguração da moderna Arena do Grêmio em dezembro de 2012, e o último jogo ocorreu em fevereiro de 2013.
O plano original era demolir a antiga estrutura e usar o terreno, no bairro Azenha, para um grande empreendimento imobiliário como parte do acordo com a construtora OAS para a construção da nova arena. No entanto, o projeto nunca avançou.
Impasse e Degradação:
Mais de uma década depois, a estrutura permanece de pé, mas em profunda degradação. Rachaduras, mato tomando conta das arquibancadas e escombros simbolizam a falha das negociações.
O abandono tem gerado problemas sociais e de segurança para os moradores do entorno, com relatos de aumento da criminalidade e o uso do local por moradores de rua e usuários de drogas.
Novos Rumos em 2025:
Apesar de anos de impasse jurídico e administrativo entre o Grêmio, a OAS e a Prefeitura, um avanço significativo ocorreu em 2025. O clube e um empresário adquiriram a maior parte da dívida relacionada à construção da Arena, retirando a nova casa do risco de alienação judicial.
O movimento reaqueceu as negociações sobre a permuta e o futuro do terreno do Olímpico. Embora haja planos de construir prédios residenciais no local, as pendências contratuais e a definição de responsabilidades por obras de infraestrutura no entorno da Arena ainda precisam ser resolvidas. O destino final do “Velho Casarão” segue incerto, mas a expectativa por um desfecho é renovada.
Source: RS Notícias: Abandono e entulho em estádio de futebol com capacidade para 45 mil pessoas no Brasil