Author: rsnotici
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RS Notícias: Pesquisa conclui que distanciamento controlado aplicado no RS durante a pandemia “não foi totalmente eficiente”
Investigação da UFRGS analisa o Distanciamento usado de maio de 2020 a maio de 2021
Um estudo da UFRGS mostra que o Sistema de Distanciamento Controlado usado no RS identificou alterações na transmissão do vírus com um atraso de três semanas, e que funcionou em raros casos em que a bandeira vermelha foi mantida por nove ou mais semanas consecutivas. O distanciamento foi visto pelos pesquisadores como um sistema de monitoramento-resposta em saúde pública, sendo que o foco da investigação foi avaliar se esse monitoramento captou corretamente a propagação do vírus no estado e se a resposta foi efetiva.
“Apenas em quatro regiões, que permaneceram oito semanas ou mais sob bandeira vermelha, foi observado um efeito de médio prazo na redução da transmissão. Assim, o Modelo de Distanciamento Controlado teve eficácia limitada em seu propósito principal: representar a situação da transmissão do vírus e orientar intervenções efetivas para reduzir sua disseminação”, explica o doutorando Ricardo Rohweder, do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular.
O estudo foi produzido em parceria com a professora do Departamento de Genética Lavínia Schuler-Faccini e o professor do Departamento de Ecologia Gonçalo Ferra. A pesquisa “Evaluating a Public Health Assessment Response Framework: SARS-CoV-2 Spread Under the Controlled Distancing Model of Rio Grande do Sul, Brazil”, foi publicada em 15 de janeiro, no periódico Health Security, da editora Mary Ann Liebert, Inc.
Resultados gerais da pesquisa
Os resultados da pesquisa mostram as limitações do modelo e oferecem um diagnóstico sobre quais aspectos foram eficazes e quais não foram. Um deles diz que o modelo não conseguiu capturar a taxa de transmissão em tempo próximo ao real e mostrá-la de forma adequada nas cores das bandeiras. Isso reforça a necessidade de um monitoramento em tempo quase real para que se tenha uma resposta mais eficaz à transmissão de uma doença infecciosa, como foi com a covid-19. Gonçalo ressalta que o estudo não encontrou qualquer relação entre as cores das bandeiras em cada região e a mobilidade humana medida pela Google. “Esse resultado mostra a gravíssima desconexão entre o Sistema montado pelo estado para proteger a saúde da população e o comportamento da própria população. É muito importante reconhecer que isto aconteceu para que possamos ponderar os motivos e nos prepararmos melhor para a eventualidade de pandemias futuras”.
Ao identificar o que falhou e o que funcionou com o Modelo de Distanciamento Controlado, os pesquisadores abastecem a sociedade e o poder público com indicadores valiosos para salvar vidas, em especial em um cenário em que novas pandemias são cada vez mais prováveis. “O nosso estudo fornece uma análise crítica da estratégia adotada para tomada de decisão no mundo real, oferecendo lições para enfrentar a disseminação de novos patógenos em emergências sanitárias futuras”, frisa Ricardo.
Relembre como o sistema funcionava
O modelo operou de maio de 2020 a maio de 2021 e tinha como função reduzir a transmissão do vírus em 21 regiões do estado por meio de uma escala de cores de bandeiras (da menor à maior gravidade: amarela, laranja, vermelha e preta). As cores eram reavaliadas semanalmente com base em um conjunto de indicadores e orientavam a implementação de intervenções não farmacêuticas. O modelo partia do pressuposto de que semanas com elevada taxa de transmissão seriam refletidas em bandeiras mais graves, que, por sua vez, conduziriam a medidas mais rigorosas para conter o avanço do vírus. “Vimos que as cores das bandeiras do Modelo de Distanciamento Controlado no RS refletiram de forma limitada a taxa de transmissão do SARS-CoV-2 e foram ineficazes para conter o avanço do vírus”, salienta o doutorando.
Correio do Povo
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RS Notícias: PONTO CRITICO – PREVISÕES SOMBRIAS
SITUAÇÃO DE PERIGO
Da mesma forma como os institutos de METEOROLOGIA monitoram as mudanças climáticas, e quando percebem a aproximação de tempestades passam a emitir SINAIS DE ALERTAS para que a população se proteja dos riscos impostos pelos temporais, o mesmo acontece com os institutos de ECONOMIA, quando as previsões apontam que estamos diante de uma SITUAÇÃO DE PERIGO -À VISTA E A PRAZO-.
TEMPESTADES SÃO BEM-VINDAS
No nosso empobrecido Brasil, como se vê, as ações e vontades do governo Lula independem de estudos e/ou dados coletados para que não paire mínima dúvida de que as TEMPESTADES, notadamente as ECONÔMICAS, são sempre MUITO BEM-VINDAS, DESEJADAS E PERSEGUIDAS.
MINISTRO INCONSEQUENTE – MAIS DO MESMO-
Observem que depois da situação CAÓTICA protagonizada e sustentada pela destruidora equipe econômica do presidente Lula, que de forma clara e indesmentível teve a -IDEIA DE JERICÓ- de tentar usar o consagrado -PIX- como instrumento de -CAÇA AOS SONEGADORES-, coisa que se revelou como um NOCAUTE TÉCNICO na frágil CREDIBILIDADE DO GOVERNO, ontem, o inconsequente ministro Rui Costa, da Casa Civil, entrou em cena e disse (depois voltou atrás sem convencer) que o governo vai -INTERVIR- com medidas que produzam BAIXA DE PREÇOS DOS ALIMENTOS. Que tal?
TABELAMENTO DE PREÇOS
O fato é que a fala do ministro foi mais do que bastante para colocar um guizo na cabeça do povo, cujo som insinua que está sendo cogitada uma eventual possibilidade de haver algum tipo de TABELAMENTO DE PREÇOS, AMPLIAÇÃO E/OU RELAXAMENTO DO PRAZO DE VALIDADE DOS ALIMENTOS, etc…
Como já está sendo fortemente bombardeado, o governo, apoiado pela mídia abutre, já têm pronta a resposta: vão se declarar como vítimas de FAKE NEWS ditas e publicadas por aqueles que sabem ler, ouvir e interpretar as péssimas e loucas ações do governo.
A PROPÓSITO
A propósito, eis o texto do pensador Alex Pipkin, sobre este horripilante tema:
– Leio hoje que o (Des)Governo Lula cogita alterar o processo de validade dos alimentos a fim de reduzir seus preços.
Essa turma petista é tão incompetente, que sequer tem a capacidade de pensar, tecnicamente, sobre como baratear os custos de bens e serviços.
A sugestão de mudança nos prazos de validade de alimentos não foi pensada pelos da “moral e intelecto superior”, mas apresentada pela Associação Brasileira de Supermercado. Essa já é prática comum em outros países. Porém, por aqui, o Estado grande não perde a oportunidade de perder a oportunidade de deixar o setor privado operar sem o nefasto intervencionismo estatal e as correspondentes amarras do Leviatã.
Como faltam razão, conhecimento e experiências sadias para a trupe petista, que não cansa de retorizar e mentir sobre sua preocupação com os mais pobres.
Está ruim, e pelas expectativas, em razão da incompetência e do desgoverno petista, tende a empiorar.
A inflação nos custos de alimentos, também se deve a quebra de safras, no entanto, o problema tupiniquim é muito mais amplo e estrutural.
É mister esclarecer que governos esquerdistas, “progressistas do atraso”, veem no Estado grande o indutor do crescimento. Para tanto, gastam perdulariamente, sem qualquer preocupação com o déficit fiscal, tomando dinheiro emprestado, que aumenta a taxa de juros, e/ou imprimindo dinheiro. O resultado pragmático disso é o aumento da dívida pública e o aumento da inflação. Aliás, mesmo com crescimento econômico, não será arrumado o problema fiscal, e o déficit público não será capaz de baixar, como demonstra a literatura econômica “de qualidade assegurada”.
Esse desgoverno petista tem usado e abusado do aumento da tributação, a fim de financiar uma máquina pública gigantesca e ineficiente, além de programas sociais politiqueiros e contraproducentes.
A sociedade brasileira não suporta mais dar uma de Sísifo, carregando sobre os ombros legiões de servidores estatais ineficientes, que não fornecem aos cidadãos a contrapartida em nível de bens públicos de qualidade.
Tenham em mente que um cidadão comum trabalha hoje mais de 5 meses para o seu sócio oportunista e incompetente Estado!
Esse desgoverno petista, como aos costumes “progressistas”, sempre busca culpar os outros por sua inabilidade e incompetência. O culpa é dos yankees, do Banco Central e da alta taxa de juros, do autoritário Bolsonaro, e/ou dos empresários “comedores de criancinhas”.
Eles gritam aos quatro cantos que irão salvar o povo das garras dos empresários capitalistas exploradores. Taxarão os empresários bilionários e as empresas aproveitadoras.
Não se iludam, a culpa da situação econômica decadente no país, é justamente da visão de mundo petista.
Na verdade, toda taxação imposta a uma empresa faz parte do seu custo de produção. Esse custo é repassado para os preços de bens e serviços, fazendo com que os consumidores, em especial os mais pobres, tenham que pagar mais caro por tais produtos e serviços. Objetivamente, quem paga a conta é o consumidor!
O Brasil, comparativamente, é um país que afugenta investimentos no setor produtivo, em função de altos impostos, mão de obra cara e menos educada e qualificada.
A nefasta e grande ironia, é a de que o “pai dos pobres”, um mentiroso contumaz, persiste em arrotar asneiras e ludibriar os reles mortais brasileiros. Ele, e sua deselite política, são tais quais os sicilianos, que nunca querem melhorar, uma vez que se consideram superiores, e em que a soberba e o orgulho os cegam. Nunca acordarão de seus devaneios.
É evidente que com tanto intervencionismo estatal, tributação escorchante, e farta incompetência, a incerteza dos mercados gera maiores riscos, aumento de preços e inflação.
Aliás, a economia brasileira já está mostrando claros sinais de desaceleração. Já estamos dançando o sofredor tango de uma recessão técnica.
Como muito bem documentado pela literatura econômica – eles não leram nem Marx! -, a receita para o crescimento e alívio dos mais pobres, é bastante clara: à liderança do setor privado na economia, um ambiente de negócios favorável, especialmente, por uma tributação justa, um governo limitado, com uma justiça “de verdade”, a fim de florescer uma mentalidade e ação empreendedora dinâmica.
Mas o Brasil insiste em procrastinar. Em razão disso, vivemos os últimos 40 anos convivendo com baixas taxas de crescimento!
Tomara que os brasileiros não caiam mais no conto do vigário vermelho. Os preços não se reduzem pelas canetadas de cor vermelha e seus respectivos decretos.
Verdadeiramente, o que faz os preços mais competitivos e baixos, são os livres mercados concorrenciais, por meio da “mágica” dos processos de destruição criativa.
Não serão os “caridosos” petistas que farão os preços baixarem, e sim a maximização dos recursos, e o aumento da produtividade e eficiência nos mercados.
Pontocritico.com
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RS Notícias: FRASE DO DIA – 23.01.2025
O intervencionismo obriga a submissão do consumidor ao estado; o Liberalismo, o contrário.
– Donald Stwewart Jr
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RS Notícias: Bacupari é um refúgio paradisíaco de água doce no Litoral do RS
Água rasa e cristalina permite que os veranistas desfrutem com segurança um dos mais belos pontos turísticos da orla gaúcha
Localizado a cerca de 120 km de Porto Alegre, na cidade de Mostardas, o balneário de Bacupari é um dos segredos mais bem guardados que começam a se revelar no Litoral gaúcho. Em meio à simplicidade de um acesso ainda precário, com trechos de paralelepípedo e chão batido, os veranistas que se aventuram até lá são recompensados por um cenário de tirar o fôlego.
As águas calmas e transparentes de Bacupari oferecem segurança e tranquilidade para quem busca um contato direto com a natureza. É possível caminhar por mais de 100 metros lagoa adentro sem correr riscos, o que torna o local ideal para famílias com crianças. Ainda assim para reforçar a segurança, a praia conta com uma guarita de guarda-vidas.
A paisagem é complementada por pequenas ilhas de areia que surgem alguns metros dentro da água, que se apresentam como opção para quem quer instalar guarda-sóis para descansar ou se divertir com as crianças.
O encontro das lagoas que cercam o balneário é outro ponto alto. A maior delas, a Lagoa dos Barros – ou Lagoa Azul, como é conhecida – é o principal atrativo para os banhistas. Já a menor, que leva o nome da praia – Bacupari -, é usada para esportes e pesca. No ponto onde as duas lagoas se encontram, uma charmosa ponte de madeira atravessa o espelho d’água, emoldurada por vegetação e pedras visíveis graças à transparência das águas.
Além dos poucos moradores e dos milhares de veranistas que visitam o local durante temporada, estão aqueles que aproveitam qualquer oportunidade de folga do trabalho para curtir a praia. Rudinei Lima, de 42 anos, saiu de São Leopoldo com a família para aproveitar o dia no balneário. “É a segunda vez que venho para cá com minha esposa e dois filhos. Ficamos apaixonados pela água na primeira vez que viemos e resolvemos voltar. Aproveitei o dia para fazer um ‘bate e volta’”, conta ele, encantado com o lugar.
Apesar de sua beleza e tranquilidade, Bacupari também é um lugar de histórias e tradições. Antônio Domingos Terra dos Santos, de 66 anos, nasceu na localidade e viu o balneário se transformar. “Cresceu bastante. Eu conheço desde que isso aqui só tinha uma casa. As pessoas vêm chegando, e está certo. É um lugar bom, calmo e tranquilo”, comenta.
Mesmo morando do outro lado da BR 101 vários quilômetros distantes da lagoa, em uma ele faz questão de levar os netos para aproveitar as férias. “Eles gostam tanto que, se os pais deixassem, ficariam um mês”, acrescenta.
Nos últimos anos, o balneário tem atraído cada vez mais visitantes. Há 15 anos, o local oferecia poucas opções de comércio, mas hoje conta com restaurantes, lanchonetes e atividades turísticas. Para quem deseja mais emoção, há locação de quadriciclos para passeios nas dunas e caiaques para explorar a lagoa.
A comerciante Tânia Cristina Lombo Siqueira, de 52 anos, é um exemplo de quem encontrou em Bacupari a oportunidade de unir trabalho e lazer. “Venho todos os anos para veranear e trabalhar. Comecei vendendo rapaduras e cocadas, mas aos poucos fui ampliando. Ano passado trouxe água de coco pela primeira vez e está sendo um sucesso. Agora também trouxemos caldo de cana”, conta.
Tânia destaca a preferência crescente dos veranistas pelas lagoas. “O pessoal saiu um pouco do mar para vir mais para a lagoa, pela segurança”, justifica;
Também comerciante, Aline Daniela Fassbinder, de 43 anos, visitou Bacupari pela primeira vez, vinda de Gramado. Para ela, o balneário superou as expectativas. “Muito bonito o lugar. A água calma e cristalina dá uma paz. Não precisa se preocupar com as crianças”, conclui.
Correio do Povo
Source: RS Notícias: Bacupari é um refúgio paradisíaco de água doce no Litoral do RS
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RS Notícias: Homem mais velho do mundo é brasileiro e está aposentado há 46 anos
Com 112 anos, João Marinho Neto mora no Ceará e trabalhou em atividade rural
Às vésperas do aniversário da Previdência Social, que completa 102 anos nesta sexta-feira (24), o INSS encontrou o homem mais velho do mundo, com 112 anos. João Marinho Neto mora em Apuiarés, a cerca de 250 km da capital, Ceará, e está aposentado há 46 anos.
O homem, com uma década a mais que a própria Previdência, foi reconhecido pelo Guiness Book como o homem mais velho do mundo, e usufruiu do direito à aposentadoria quando tinha 66 anos. Ele já contava oficialmente como homem mais velho da América Latina, e herdou o primeiro lugar após o falecimento de um britânico de mesma idade, em novembro passado.
Apuiarés possui cerca de 13 mil habitantes, e pelo pequeno porte não possui Agência da Previdência Social. A unidade mais próxima fica em Pentecostes (CE), a cerca de 30 km, onde é mantida a aposentadoria de João.
Uma casa simples, que já abrigou um convento, hoje é o lar de 12 idosos, incluindo este que se tornou ilustre justamente pela idade. João nasceu em 5 de outubro de 1912, em Maranguape (CE), e dedicou-se a atividades no meio rural, como ele mesmo conta, com voz mansa. “Criava gado, bode, capote…”, conversa ele. Enumera os animais que criava e os alimentos que começou a cultivar bem jovem, para sustentar a família. Ele é pai de 7 filhos, que lhe deram 22 netos,15 bisnetos e 3 tataranetos.
João confessa desejos simples. “Queria voltar a enxergar e ouvir”, fala ele, emocionado. Mas desata a contar histórias e recitar orações e cânticos, logo que identifica uma mão a cumprimentá-lo. “Ele até citou os nomes dos irmãos”, relatou o gerente-executivo do INSS em Fortaleza, Francismar Lucena, responsável pela cobertura previdenciária daquela região. De acordo com a cuidadora Aleluia Almeida, João já foi contatado por pesquisadores para investigação sobre longevidade, e que o processo de inscrição no Guiness Book foi devidamente documentado.
Correio do Povo
Source: RS Notícias: Homem mais velho do mundo é brasileiro e está aposentado há 46 anos
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RS Notícias: Dólar tem leve baixa e fecha e, R$ 5,92
Foi o quarto pregão consecutivo de queda da moeda americana, que já acumula baixa de 2,31% na semana
O dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e encerrou a sessão desta quinta-feira, 23, em queda de 0,35%, cotado em R$ 5,9255. Operadores atribuíram a apreciação do real à onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, em especial na comparação com divisas emergentes latino-americanas, após o presidente dos EUA, Donald Trump, adotar um tom conciliador em relação à China.
Ao longo da tarde, o real exibiu o melhor desempenho entre as principais moedas globais, mas acabou perdendo fôlego na última hora de negócios. Teria pesado contra a divisa brasileira o aumento da aversão ao risco com notícia, veiculada pela Bloomberg e confirmada por fontes ao Broadcast, de que o governo avalia fornecer alimentos com custo reduzido por meio de uma rede popular de abastecimento. Com o mercado já fechado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não se cogita usar “espaço fiscal” para reduzir preços de alimentos e que tudo não passa de “boataria”.
Pela manhã, a divisa chegou a apresentar alta moderada, em meio a um aparente movimento de ajustes após o recuo de ontem, quando rompeu o piso de R$ 6,00 no fechamento pela primeira vez desde o início de dezembro. Havia também um sentimento de cautela e busca por proteção diante da expectativa pela participação virtual de Trump no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Depois de anunciar ontem tarifas de 10% sobre importações da China, bem longe dos 60% prometidos na campanha, Trump adotou em Davos postura menos belicosa. A intenção seria ter um bom relacionamento com os chineses, sem abrir mão de combater o déficit comercial americano. O presidente dos EUA revelou que recebeu ligação do líder chinês, Xi Jinping, no qual trataram, entre outros temas, de possível resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Trump adotou um discurso mais brando em relação à China, sabendo da dependência dos EUA de produtos importados e do impacto de aumento de tarifas sobre a política monetária americana”, afirma o superintendente da mesa de derivativos do BS2, Ricardo Chiumento, para quem o Federal Reserve, dependendo das ações de Trump, pode ter espaço para redução adicional da taxa de juros nos EUA. “No caso do real, é positivo o fato de Trump não ter citado o Brasil como alvo da política de aumento de tarifas”.
Após as palavras de Trump, o dólar passou a cair na comparação com outras moedas fortes, como o euro, e aprofundou o ritmo de queda em relação a divisas emergentes. Por aqui, o moeda rompeu o piso psicológico de R$ 5,90 e desceu até mínima a R$ 5,8745, menor valor intradia desde 12 de dezembro (R$ 5,8681). Na reta final dos negócios, com a piora da aversão ao risco que jogou o Ibovespa para as mínimas da sessão e os juros futuros para as máximas, o dólar reduziu bastante o ritmo de queda até fechar no nível de R$ 5,92.
Foi o quarto pregão consecutivo de queda da moeda americana, que já acumula baixa de 2,31% na semana e de 4,12% no mês, o que faz o real ter o melhor desempenho entre as principais divisas globais em janeiro. Boa parte desse movimento está relacionado a ajustes e realização de lucros, dado que o dólar subiu 2,88% em dezembro e encerrou 2024 com ganhos de 27,34%.
O economista Gustavo Rostelato, da Armor Capital, afirma que o recuo recente do dólar reflete, em grande parte, desmonte de posições compradas na moeda americana por investidores estrangeiros, dada a melhora do apetite ao risco no exterior. O gatilho seria o fato de Trump não ter optado por imposição agressiva de tarifas neste início de mandato.
Na B3, a posição comprada em derivativos cambiais (dólar futuro, mini, cupom cambial e swap) de não residentes caiu de quase US$ 80 bilhões no fim de 2024 para cerca de US$ 59 bilhões nos últimos dias.
“A incerteza quanto a um eventual novo governo Trump elevou a aversão ao risco, impulsionando a demanda por dólares. Após a posse do presidente republicano, a propensão ao risco aumentou”, afirma, em nota, Rostelato, acrescentando que a sazonalidade também favorece o real, com exportações de grãos no início do ano.
A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, afirma que ainda é cedo para dizer que há uma tendência sustentada de queda do dólar. Por ora, o real se beneficiaria de um alívio com a postura de Trump nos primeiros dias de seu segundo mandato.
“Vimos no mandato anterior de Trump que as opiniões mudavam com muita frequência, o que provoca muita volatilidade. Além da questão externa, estamos em um momento de agenda política esvaziada, com o Congresso ainda em recesso”, afirma Quartaroli
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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