As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram nesta sexta-feira (19) uma ofensiva contra mais de 70 alvos do grupo Estado Islâmico (EI) no centro da Síria. A operação, confirmada pelo Pentágono, foi descrita pelo presidente Donald Trump como uma “represália muito séria” após o atentado em Palmira que matou três cidadãos americanos.
Detalhes da operação
De acordo com o Comando Central dos EUA (Centcom), a ação envolveu aviões de combate, helicópteros de ataque e artilharia pesada, com o uso de mais de 100 munições de precisão para destruir depósitos de armas e infraestruturas logísticas do grupo jihadista.
Desde o ataque em Palmira, forças americanas e aliadas intensificaram operações na Síria e no Iraque, realizando dez incursões distintas que resultaram na morte ou prisão de 23 integrantes de células terroristas.
Retaliação ao atentado
O ataque de 13 de dezembro em Palmira, patrimônio da Unesco, vitimou os sargentos da Guarda Nacional de Iowa William Howard e Edgar Torres Tovar, além do intérprete civil Ayad Mansoor Sakat, de Michigan.
Na quarta-feira (17), Trump e o secretário de Defesa Pete Hegseth participaram da cerimônia de recepção dos corpos nos EUA, reforçando o tom de retaliação que culminou nos bombardeios.
Impacto e reações
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, confirmou a morte de pelo menos cinco membros do EI, incluindo o líder de uma célula responsável por drones na província de Deir Ezzor.
Em nota oficial publicada na rede social X, o Ministério das Relações Exteriores da Síria reiterou o compromisso do país em combater o extremismo e impedir que terroristas encontrem refúgio em seu território.
Contexto militar
Este é o primeiro grande confronto envolvendo tropas americanas na Síria desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado. Atualmente, os EUA apoiam a Operação Inherent Resolve, coalizão internacional voltada à erradicação dos remanescentes do EI.
Apesar da escalada, o governo Trump mantém cautela sobre a permanência prolongada no país. O Pentágono já anunciou planos de reduzir o efetivo militar pela metade e consolidar operações em uma única base estratégica. No momento, tropas americanas seguem destacadas no nordeste controlado pelos curdos e na região de Al Tanf, próxima à fronteira com a Jordânia.
Origem: https://www.rsnoticias.top/2025/12/eua-bombardeiam-mais-de-70-alvos-do.html
