Os mesmos funcionários e sindicatos dos Correios que, em 2022, entraram de cabeça na campanha por Lula — em atos, declarações públicas e mobilização político-partidária — agora assistem à estatal caminhar para o maior corte de pessoal da sua história recente.
A empresa que, segundo seus próprios sindicatos, seria “protegida” com a vitória petista, encontra-se hoje endividada, desequilibrada e à beira do colapso financeiro.
Demissão em massa e rombo bilionário
De acordo com a reportagem do O Globo, os Correios planejam demitir 10 mil empregados, cerca de 12% de todo o quadro, para tentar conter o rombo que deve ultrapassar R$ 10 bilhões já em 2025, podendo passar de R$ 20 bilhões nos anos seguintes.
O cenário é tão grave que a estatal corre contra o tempo para levantar até R$ 20 bilhões em empréstimos, apenas para sobreviver.
E o buraco é ainda mais profundo: uma auditoria do TCU apontou que os Correios maquiaram prejuízo de R$ 1 bilhão, omitindo provisões obrigatórias — prática que ajudou a empurrar a crise para debaixo do tapete.
Do discurso à realidade: a contradição exposta
Em 2022, lideranças dos Correios fizeram campanha explícita pela candidatura de Lula, defendendo que somente o retorno do PT impediria privatizações e “garantiria os empregos”.
Hoje, sob o governo que ajudaram a eleger, a estatal anuncia demissões em massa, rombo contábil, risco de insolvência e busca desesperada por crédito.
A promessa de “salvar a estatal” virou o exato contrário: um desastre administrativo, financeiro e operacional.
Postagem de Rio Verde Goiás
Origem: RS Notícias: Correios vai demitir 10 mil funcionários e caminham para a falência