O que os sinais revelamA radioastronomia, que “ouve” o Universo por meio de ondas eletromagnéticas, detectou emissões naturais do cometa — algo comum em corpos solares, mas inédito para visitantes interestelares. Os dados indicam:
- Gelo no núcleo: Sugere formação em uma zona gelada distante da Via Láctea.
- Sublimação ao se aproximar do Sol: Gelo sólido vira gás, causando a coloração azulada observada pós-periélio (ponto mais próximo ao Sol).
Diferente de telescópios ópticos (limitados à luz visível), a radioastronomia revela fenômenos invisíveis, como composição química e estrutura interna.Trajetória e futuroEjetado de seu sistema natal há milhões de anos, o 3I/ATLAS cruzará próximo a Júpiter em março de 2026, a 50 milhões de km. A Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) planeja novas observações para captar mais sinais, potencialmente refinando teorias sobre ejeções interestelares.
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Fato
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Detalhe
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Descoberta
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1º de julho de 2025 (ATLAS, Chile)
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Trajetória
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Hiperbólica (não órbita o Sol)
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Próximo marco
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Passagem por Júpiter (março/2026)
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Origem estimada
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Região gelada da Via Láctea; ejetado há milhões de anos
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Essa detecção não só valida modelos de cometas “viajantes”, mas abre portas para estudar “fósseis” de outros sistemas estelares — um passo gigante na busca por vida além da Terra.
CNN Brasil
