RS Notícias: Solar Paraíso: o casarão colonial que renasceu como polo cultural em Porto Alegre

 

 

Localizado na Travessa Paraíso, no bairro Santa Tereza, o Solar Paraíso é um dos raros exemplares preservados da arquitetura luso-brasileira em Porto Alegre. Erguido por volta da década de 1820, este sobrado colonial de telhas antigas, caracterizado por beirais salientes e janelas em arco abatido, é um ícone do patrimônio histórico da cidade.

Originalmente concebido no modelo dos sobrados urbanos portugueses para refletir o prestígio da elite, o casarão foi palco da vida de figuras históricas, como o militar Onofre Pires da Silveira Canto e, posteriormente, o médico português Dionísio de Oliveira Silveiro. Escavações arqueológicas no local revelaram objetos importados, indicando o luxo vivido por seus antigos moradores.

Com o avanço da República e o crescimento urbano, o Solar perdeu seu status isolado e passou por um período de declínio. Na década de 1930, foi dividido para abrigar múltiplas famílias e, entre os anos 70 e 90, sofreu abandono e depredação.

A virada ocorreu em 1994, quando a prefeitura assumiu a posse, reconhecendo-o como sítio arqueológico e patrimônio cultural. Após um minucioso processo de restauração, o Solar Paraíso foi reinaugurado em 2000.

Atualmente, o casarão renasceu como um vibrante espaço cultural. Ele abriga a coordenação do Porto Alegre em Cena, um festival internacional de artes cênicas, e a sede da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre. Essa nova vocação cultural, com aulas, oficinas e espetáculos, devolveu vitalidade ao prédio, garantindo sua preservação e dando um novo sentido ao antigo símbolo do poder colonial, agora transformado em um centro de criação e produção artística.

Correio do Povo

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