**As iniciativas de preservação ambiental ganham destaque no governo Lula: o Fundo Amazônia, já em operação, e o Fundo de Florestas (ou Fundo Clima Global), proposto pelo presidente durante a COP30, em Belém. Apesar de objetivos semelhantes, os mecanismos diferem em escopo, governança e fontes de financiamento.Aspecto
Fundo Amazônia
Fundo de Florestas (proposto)
Criação
2008 (governo Lula 2)
Anunciado em 2025, ainda em estruturação
Foco geográfico
Exclusivamente Amazônia Legal
Todos os biomas brasileiros (Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa, Pantanal)
Gestão
BNDES (único operador)
Ministério do Meio Ambiente com conselho multissetorial
Fontes de recursos
Doações internacionais (Noruega: 93%, Alemanha: 6%)
Contribuições voluntárias de países, empresas e filantropia; meta inicial de US$ 1 bilhão
Volume atual
US$ 1,3 bilhão recebidos; R$ 3,4 bilhões contratados
Ainda sem captação; Brasil aportará R$ 500 milhões iniciais
Uso dos recursos
100% para redução do desmatamento e desenvolvimento sustentável na Amazônia
60% combate ao desmatamento; 40% restauração e bioeconomia em todos os biomas
Transparência
Prestação de contas anual ao TCU e doadores
Relatórios trimestrais públicos e auditoria independente
O Fundo Amazônia foi suspenso entre 2019 e 2022 por desconfiança do governo Bolsonaro e retomou repasses em 2023. Já o novo fundo busca ampliar a proteção ambiental para além da Amazônia, atendendo críticas de governadores de outros biomas. Lula defendeu a proposta em Belém como “um Fundo Amazônia para o Brasil inteiro”. Especialistas veem complementaridade, mas alertam para o risco de dispersão de esforços caso não haja coordenação clara entre os dois mecanismos.
Correio do Povo
Source: RS Notícias: Fundo Amazônia x Fundo de Florestas: entenda as diferenças entre as iniciativas de Lula
