O quanto é preciso ser ingênuo — ou cúmplice — para escrever “é hora de repensar o papel do Supremo”?É como se, em pleno regime soviético, alguém publicasse: “é preciso repensar o papel do Politburo”. Ora, se até o Estadão admite que, em vez de atuar como guardião da Constituição, a mais alta corte do país se transformou numa arena de disputas partidárias, isso equivale a reconhecer que os inquéritos e processos criados para censurar e criminalizar a direita brasileira são nulos de pleno direito — e representam a consolidação de um regime de exceção.Como pode, então, o panfleto tucano apoiar a perseguição política travestida de “defesa da democracia”?Eis a grande farsa que a intelligentsia brasileira tenta desesperadamente sustentar: o discurso moralista da “defesa das instituições”, mesmo diante das sanções internacionais impostas pelas escandalosas e sistemáticas violações de direitos humanos praticadas nos últimos anos.Não há o que “repensar”. Há o que corrigir.O que o Brasil precisa — com urgência — é pôr fim ao regime de censura e perseguição em curso. O caminho mais direto seria a anulação de todos os atos persecutórios dos últimos anos.Mas, como isso depende da própria Corte, a única via viável é a Anistia Geral, pelo Congresso Nacional.
Postagem de Leandro Ruschel
Source: RS Notícias: O papel do Supremo: ingenuidade ou cumplicidade ao questionar sua função?
