RS Notícias: O risco do pacote de bondades

 Rogério Mendelski

Não há uma só voz no Planalto que assopre no ouvido de Lula que lhe diga que há limites toleráveis para se ganhar uma eleição e que o país vive um momento de forte pressão fiscal.

O presidente Lula está anunciando um pacote de bondades para 2026 que poderá custar mais de R$ 100 bilhões no bolso dos pagadores de impostos. Como em 2026 haverá eleições, Lula corre o risco de ser derrotado no Congresso como ocorreu com tentativa de aumentar o IOF na semana passada. Não há uma só voz no Planalto que assopre no ouvido de Lula que lhe diga que há limites toleráveis para se ganhar uma eleição e que o país vive um momento de forte pressão fiscal. O ano de 2026 será ainda mais difícil do que 2025 pelo déficit primário cujas contas públicas continuam registrando mais despesas do que receitas; a arrecadação ainda se recupera da pandemia, além, é claro dos limites legais impostos pelo novo arcabouço fiscal. O governo projeta rever subsídios e renúncias fiscais, aumento de impostos como a taxação de fundos exclusivos e offshores e revisão de gastos obrigatórios. O pacote de Lula para ser levado adiante também vai precisar de uma base aliada pouco confiável no Congresso, a qual não aceitará redução de gastos públicos no ano de pedir votos ao eleitorado. Gastar R$ 100 bilhões em 2026 é uma estratégia eleitoralmente poderosa do Planalto, mas sem diálogo com o Congresso e transparência com a sociedade pode ser um tiro no pé. A oposição vai acompanhar de lupa na mão o pacote de bondades de Lula.

Resultado do risco

Um lote de problemas poderá surgir se o pacote não estiver bem sustentado por recursos. As mais prováveis são: aumento da dívida pública, desconfiança do mercado, pressão inflacionária e desvalorização cambial.

As bondades de Lula

Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, distribuição de gás de cozinha, isenção na conta de luz para 17 milhões de famílias e pagamento de bolsas do Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio.

Mais de R$ 100 bilhões

É importante registrar que a despesa de R$ 100 bilhões poderá ainda ser mais alta, caso a proposta de isenção da tarifa do transporte coletivo urbano seja adotada por desejo de Lula. O Ministério da Fazenda estuda tal possibilidade.

Governo perdido

Os governos petistas nunca foram prudentes com os gastos públicos e hoje a situação permanece inalterada. Com poucas alternativas para aumentar sua receita, Lula poderá ser responsabilizado por um rombo fiscal de R$ 46 bilhões no final de 2026.

Dinheiro novo no turismo

A plataforma Airbnb movimentou no Brasil, em 2024, R$ 99,8 bilhões, gerando 627 mil postos de emprego no país. A informação vem de um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os beneficiados

Com a movimentação de quase R$ 100 bilhões, a plataforma Airbnb acrescentou R$ 55,8 milhões ao PIB, além de R$ 8 bilhões de tributação direta. Os maiores beneficiados foram comércio (33%), alimentação (25%), entretenimento (16%) e transporte (12%).

Bruxa que incomoda

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, está inconsolável com a premiação de Maria Corina Machado, a principal opositora do regime opressivo venezuelano. O Prêmio Nobel da Paz para Corina deixou Maduro com a língua solta: Corina para Maduro é uma “bruxa demoníaca”.

Cobrando a fatura

Como Lula sentiu-se traído na derrota da votação do aumento do IOF, sua reação foi demitir de cargos federais os indicados pelo PP, MDB, PSD e União Brasil. As demissões ocorreram em superintendências regionais de alguns ministérios e também na Caixa Federal e nos Correios.

Brasil atômico

Uma PEC está sendo elaborada pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) para alterar a Constituição que proíbe o Brasil de desenvolver armas nucleares. Segundo Kataguiri, a fabricação seria controlada pelas Forças Armadas, com supervisão e fiscalização do Congresso Nacional.

Correio do Povo

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