RS Notícias: A Guerra entre Israel e Irã – Origens históricas

 

(texto longo, mas elucidativo e procedente)
A História do povo de Israel, também chamado de hebreu na Antiguidade, cuja denominação vem da raiz hebraica que significa “povo que atravessou”, isto é o povo semita (descente de Sem – um dos filhos de Noé) que passou para o outro lado do rio Eufrates, tornando-se morador de Ur na Caldeia, (atual Iraque) e que mais tarde fixou-se na atual Palestina, passando a ser reconhecido assim como o povo de Israel cujo desenrolar histórico revela uma trajetória plena de sofrimento e aflições, remontando inicialmente ao episódio marcante da atormentada escravidão no Egito entre +- 1400 a.C e +- 1190 a.C. seguida do Cativeiro na Babilônia entre 585 a.C. a 539 a.C.
A escravidão no Egito e na Babilônia, para os israelitas, foi séria ameaça à perda da fé e da identidade, pelas circunstâncias e pela distância da Pátria, mas não foram perdidas. Alguns séculos depois em 63 a.C. o Imperador de Roma Pompeu invade e toma Jerusalém, começando a funesta dominação romana dentro da própria Israel, período em que nasceu Jesus. Este domínio estendeu-se até a dolorosa Diáspora em 70 d.C. que sucedeu a destruição de Jerusalém e a conseqüente e aviltante dispersão do povo pelas várias províncias do Império Romano, determinada pelo Imperador Tito, com o objetivo de exterminá-los!
Posteriormente vagando pelo mundo sem Pátria definida, os israelitas foram cruelmente perseguidos e massacrados durante a 2ª Guerra Mundial pelo regime nazista, protagonizando o deplorável Holocausto onde mais seis milhões de israelitas (judeus) foram mortos. Terminado o conflito, a ONU em 14 de maio de 1948 proclamou a criação do Estado de Israel, logo reconhecido pelo EUA e pela maioria dos países do Ocidente. Mas a sonhada paz e a consolidação do Estado de Israel não vieram, pois os países muçulmanos (Egito, Síria Jordânia Argélia entre outros estados árabes) ao seu redor uniram-se e levantaram-se contra Israel, iniciando uma série de conflitos visando expulsá-los da região.
Assim sendo, ao longo do Século XX ocorreram quatro conflitos entre israelenses e nações árabes, (muçulmanos) travadas desde a Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948), a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967), e a Guerra de Yom Kippur(1973), entre outros conflitos menores, amplamente vencidos por Israel com fragorosa derrota dos muçulmanos, até chegar ao atual conflito contra o Irã, (mesmo não sendo árabe) seu pior inimigo que prega a “destruição de Israel”, mas com previsível desfecho de um mesmo resultado.
Como este povo tão sofrido conseguiu sobreviver a tantas guerras? A resposta é simples, reside no conceito fundamental que orienta todas as ações decorrentes de sua cultura e do seu governo, fundamentado no sistema educativo adotado que é de cunho religioso com objetivo permanente de preservar e manter-se fiel aos princípios de uma sociedade teocrática (sacra) na religião que resulta na firme convicção de que Jeová onipotente e criador escolheu o povo de Israel para servir de instrumento de propagação de sua fé e crença, mas eles sempre encontram os que se opõem, (egípcios, babilônios, romanos, nazistas e muçulmanos) resultando no perigo de abandonar este destino pela falta de fé, daí a razão de tantas vicissitudes. Mas a religião determina a estrita separação do povo judaico dos demais povos, visando a preservação de suas características, ou seja, um povo que se considera santo, preponderando a prática da humildade, da justiça e da piedade dentro da sua comunidade e fraternidade com os demais povos!
Para a plena realização desse objetivo citado, temos que considerar também que o processo educativo adotado é o veículo que conduz todas as ações deste povo e ao mesmo tempo a fonte permanente que o alimenta, fundamentado numa fé inquebrantável que além de orientá-los é meio de conservar a identidade, a cultura e a fé, três elementos pétreos e permanentes, secundados pela peculiar persistência nos princípios sustentados pelo esforço educacional consciente que visa como ideal único e verdadeiro, manter a cultura coesa com a plena convicção da plena justiça em todas as ações militares ou não, quando implementadas são legitimas como as que no momento visam destruir o seu mais radical inimigo – Irã que prega a eliminação do Estado de Israel!
Assim, o ímpeto emotivo e corajoso das ações militares de Israel contra o Hamas e Irã, provém da firme convicção e consciência de um destino único e ímpar de buscar a paz para toda a coletividade judaica, em qualquer parte que estiver eliminando os que se opõem sem agredi-los, mas reagindo ferozmente e com denodo, quando agredidos como ocorreu contra os terroristas do Hamas pelas suas ações criminosas e cruéis em outubro de 2023 quando inadvertidamente invadiram Israel lançando milhares de foguetes com um ataque surpresa, sem maiores motivos, matando mais de mil e duzentas pessoas – mulheres, crianças e idosos – e além disso seqüestrando mais de 250 reféns, que resultou no conflito atual que se propaga desde aquela data, naturalmente prorrogado pelo indevido e inconveniente apoio do Irã aos guerrilheiros mas que resulta em perdas irreparáveis e amargas, ante flagrante superioridade tecnológica militar de Israel!

Post de Plínio Pereira Carvalho

Source: RS Notícias: A Guerra entre Israel e Irã – Origens históricas

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