Artur da Távola foi o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros (1936–2008), um importante escritor, político, jornalista e intelectual brasileiro. Ele escolheu esse nome inspirado no mito do Rei Arthur e da Távola Redonda, que simbolizava igualdade, justiça e fraternidade — ideais que marcaram tanto sua vida literária quanto sua trajetória política.
Quem foi Artur da Távola?
Nascido no Rio de Janeiro, Artur da Távola formou-se em Direito, mas construiu sua carreira no jornalismo e na literatura. Nos anos 1960, destacou-se como cronista e articulista político em jornais de grande circulação, como o Jornal do Brasil e o O Globo.
Com a chegada da ditadura militar (1964), foi cassado e precisou se exilar, primeiro no Chile e depois em Genebra. Esse exílio fortaleceu ainda mais suas ideias sobre democracia, liberdade de expressão e justiça social.
No final da ditadura, já durante a redemocratização do Brasil, Artur da Távola teve forte atuação política:
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Participou da fundação do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
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Foi eleito deputado federal e senador pelo Rio de Janeiro.
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Atuou firmemente nas discussões da Constituinte de 1988, que resultou na atual Constituição Federal.
Importância Histórica de Artur da Távola
1. Defensor da Democracia:
Seus posicionamentos firmes contra o autoritarismo e a censura o tornaram uma figura essencial na luta pela redemocratização brasileira.
2. Intelectual Público:
Artur da Távola acreditava na capacidade transformadora da cultura. Ele apresentava programas de TV e rádio que popularizavam a música clássica, como o famoso “Quem tem medo da música clássica?”.
3. Atuação Legislativa:
Teve papel fundamental na defesa dos direitos civis, da liberdade de imprensa e da educação pública de qualidade enquanto parlamentar.
4. Produção Literária:
Escreveu romances, crônicas e ensaios. Sua escrita era clara, elegante e abordava temas como ética, comportamento humano, amor e política.
Frases marcantes de Artur da Távola
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“Amar é ser para o outro, antes de ser para si.”
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“O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo.”
Essas frases mostram seu olhar profundamente humanista sobre a vida e a sociedade.
Curiosidade:
Apesar de seu envolvimento inicial com o PSDB, Artur da Távola se afastou do partido nos anos 2000, quando sentiu que a legenda se distanciava dos ideais sociais e democráticos que ele defendia.
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